Assisti a série: PREDESTINADO, sobre o jogador GabiGol do Flamengo, eu, torcedor do Palmeiras preciso me despir do clubismo, pra ver 4 episódios de um ídolo de 2 rivais, no caso Santos e Flamengo.
Mas, passado essa fase, um livro (biografia) ou uma série como essa (da GloboPlay), nos mostra a pessoa além do que vemos "dentro de campo" e nele, GabiGol tem sido destaque nos últimos 3 anos, no Santos em 2018 e Flamengo (2019/2020), artilheiro, campeão, marrento. Sim, marrento, isso afasta um pouco torcedores rivais, jogador marrento só é legal no nosso time.
Passei a ter uma admiração pelo GabiGol, que agora quer ser chamado só de Gabi.
O cara cresceu na Favela do Morrão em São Bernardo do Campo e desde bebê anda com uma bola. Rolou pelos campinhos da periferia até passar num teste no São Paulo com uns 7, 8 anos... ia treinar com a mãe, que o pai estava trabalhando. Eram 3 ônibus na ida e 3 na volta, sem grana pra alimentação, perrengue master. O pai e a mãe dele, grandes incentivadores.
Após um São Paulo x Santos, na categoria deles, chamou a atenção do ex-jogador ZITO e ele convidou pra treinar no Santos, teria um apartamento pra família e algum apoio. Eles foram, Gabriel, Gabi, Gabigol fez muitos gols na categoria de base, até chegar aos profissionais.
Acho que dai pra frente a gente já conhece a história.
Quando seu pai o buscava no treino no São Paulo, subia o MORRÃO em São Bernardo com o garoto nos ombros, isso virou uma tatuagem no braço do jogador.
A série encerra com o Gabigol num cassino clandestino em São Paulo, a poucos dias, no seu último dia de férias antes da temporada 2021, parece que o Gabi entrou na justiça para tentar impedir a Globo de incluir isso, mas perdeu o braço de ferro. A globo sendo a globo, bate e assopra, assopra e bate.
Vale a pena ver PREDESTINADO, se você gosta de futebol.
Alessandro Buzo
escritor, cineasta e palmeirense.
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