terça-feira, 23 de agosto de 2022
A VOLTA DO CINÉFILO
Amigos que me acompanham, que vêem minhas dicas de filmes e séries no Face ou no Blog: www.buzocinema.blogspot.com
Geralmente, desde que o Blog surgiu, as dicas eram de filmes na Netflix, Amazon, GloboPlay, mas venho comunicar oficialmente: O CINÉFILO VOLTOU.
Desde que passei a ficar mais em São Paulo, moro no Litoral Norte à 7 anos, mas graças a volta dos eventos culturais (meu trabalho) e dos jogos do Palmeiras (que tenho acompanhado ao vivo, com mais frequência em 2022), que passo períodos maiores na capital. Quando estou em São Paulo, minha casa é no Itaim Paulista, desde sempre.
Estando mais na quebrada, passei a ir ao Cine Itaim Paulista (Anexo ao Mercado Sondas), que dê segunda a quarta, custa R$ 9,00 o ingresso. Esses dias assisti ELVIS, que já comentei aqui.
Na semana passada vi 2 filmes, ambos eu curti e ontem vi um nacional que me emocionou, abaixo um pouco sobre os três, começando pelo nacional.
PAPAI É POP: Filme com Lázaro Ramos (o papai pop do título), Paola Oliveira (esposa dele no filme), Elisa Lucinda (mãe dele na obra), um filme que foge de ser uma comédia, é um filme sobre ser um pai de verdade e não um pai de selfie. Resumindo a história sem spoiller.
Ele e esposa se amam, estão grávidos, são classe média em São Paulo, ela advogada, ele trabalha com games, estão felizes. Mas o surgimento da filha Laura bagunça a vida "dele", a mulher fica mais stressada, mais exigente e ele não sugura a barra, logo ele, criado sem pai, começa a fazer o mesmo, até virar a chave, a partir do encontro com o seu pai biológico, viu que estava cometendo os mesmos erros e vai mudando, cria um canal no youtube chamado Papai é Pop e retoma inclusive o casamento, tem mais um item na trama que deixo pra quem vai assistir. Vi com meu filho, impossível não me emocionar, lembrei quando eu levei ele ao médico sozinho pela 1a vez, de condução do Itaim à São MIguel, as pernas tremiam e parecia um ET na rua, tomo mundo olha um homem com um bebê no colo, sozinho. Lembrei também que minha esposa não ia nas reuniões de escola e eu tinha de ir, geralmente era o único, no máximo eu e outro pai, no meio das mamães, confesso que chorei com o filme. Assistam, principalmente os papais, vai te dar um puta orgulho se você como eu, for um pai presente.
FILME: O TREM BALA, com Brad Pitt. Um filme de ação, daqueles cheios de mentiras, mas é uma boa trama, apesar de ser longo (mais de 2 horas), valeu a pena, indico.
FILME: O TELEFONE PRETO. Amigos, séculos que não via um filme de terror, esse é um terror/drama. Não é que gostei, conta a história de uma pequena cidade que tem 5 crianças que sumiram, foram sequestradas e desapareceram, todas muito próximas umas das outras. Na sexta criança, a história do filme, que a gente vem acompanhando a família (pai solo, o menino sequestrado e a irmã dele), as coisas mudam, a gente entra dentro do cativeiro, um porão de uma casa, com um colchão no chão e um telefone preto na parede, que mesmo com o fio de energia cortado, toca. O menino passa a atender e falar com as outras crianças desaparecidas mortas, que ele conhecia da escola. Indico.
Pretendo, quando estiver em São Paulo, ver um filme por semana, sempre de segunda a quarta, com ingressos à R$ 9,00 no Cine Itaim Paulista.
Antes desses tinha visto, Medida Provisória, com Lázaro Ramos de diretor, mas esse vi no Cine Bourbon, que no dia (Pré jogo do Palmeiras), estava numa promoção, só esse filme era R$ 10,00.
As vezes a gente se afasta dos cinemas, por contra das Netflix da vida, preço dos cinemas de shoppings, mas a opções pra quem procura.
Era um cinéfilo profissional, no final dos anos 80, quando era office boy e via todos filmes que entravam em cartaz, nos cinemas do centro, os que sobrevivem até hoje e os que viraram igreja, estacionamento, conheci todos, cheguei a não ter o que assistir, porque todos filmes em cartaz eu já tinha visto, todos office boy matavam trampo pra ir ao Fliperama, eu matava trampo pra ir ao cinema.
De fato, fiquei uns anos sem ir ao cinema, mas agora o cinéfilo voltou. Não consigo mais encarar qualquer filme, precisa de um filtro, mas tô mais aberto, pra relembrar os infantis que via quando meu filho era pequeno, vi a poucas semanas o filme: Lightyear. Quem como eu viu TOY STORY quando o filho era criança (vi em DVD umas 200 vezes), sabe do que tô falando.
Vá ao cinema.
Alessandro Buzo
escritor, cineasta e cinéfilo.
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